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Entrevista a AMOR ELECTRO

Tiago Pais Dias, dos Amor Electro, deu uma entrevista à Rhodes Magazine.
Numa conversa informal, falámos do passado e do futuro dos Amor Electro, um dos projetos de proa da música nacional.
Abordámos ainda o tema da internacionalização e as ambições da banda, dias antes do lançamento do novo single, que será o cartão de visita do terceiro álbum, que sai em abril do próximo ano.

Rhodes Magazine – Como nasceram os Amor Electro?
Os Amor Electro, na sua génese, nascem em 2010, e são a junção de quatro elementos que acima de tudo são amigos de há muitos anos. Conhecemo-nos numa escola de música, depois cada um tinha o seu projeto e a certa altura da nossa vida, portanto em 2010, achámos por bem juntarmo-nos e fazer qualquer coisa. Basicamente, começa com uma banda que se chamava Catwalk, que era uma banda de versões, que tinha o intuito de fazer o circuito dos bares – pronto, éramos miúdos – mas na realidade foi o tubo de ensaio para os Amor Electro e para aquilo que se tornou a sonoridade e o conceito dos Amor Electro. No fundo, essa é a base e a fusão dos vários estilos de cada um de nós e é daí que vieram os Amor Electro.
 
RM – ​E quem é que eram esses quatro elementos originais?
Era eu, a Marisa, o Ricardo Vasconcelos e o Rui Rechena, que se mantêm até hoje. Neste momento, os Amor Electro têm mais um elemento, que é o Mauro Ramos, o baterista, que está connosco há quatro anos, desde 2013.
 
RM – O quê, ou quem, vos inspira a compor?
O quê, provavelmente o mundo, tudo o que nos rodeia inspira-nos  a compor. Sejam pessoas sejam situações sejam estados emocionais. Por exemplo a mim, quando componho, inspiro-me maioritariamente na Marisa pois é a pessoa que dá voz às músicas e no fundo as músicas têm que ser pensadas de forma a que ela se sinta capaz de transportar essa mensagem, não só lírica mas também musical. No que me toca a mim, como compositor, inspiro-me na Marisa.
 
RM – Há algum artista nacional ou internacional com o qual gostariam de colaborar? Além das parcerias que já fizeram.
Acho que a nível internacional é transversal a qualquer um de nós, provavelmente com o Stevie Wonder. Uma das razões pela qual eu sou músico e gosto de música, tem que ver com o Stevie Wonder. Felizmente venho de uma familia com muita musicalidade, os meus irmãos são músicos e outros membros também estão ligados à música. Quando o Stevie Wonder me é apresentado, algo de diferente suscitou em mim, é curioso. Portanto tenho sempre um carinho muito especial e era de facto um sonho tocar com este artista. Agora, obviamente que há outros artistas e o Stevie Wonder seria o expoente máximo.
A nível nacional, acho até algo injusto estar a definir alguém com tanta coisa boa em tantos estilos. Se falarmos num estilo especifico é mais fácil chegarmos lá. 
 
RM – Um dueto improvável?
Um dueto improvável? Bem, éramos nós com o Carlos Paião, que adorávamos.
 
RM – Conta-nos um momento em que foram colocados à prova enquanto artistas.
Há vários, o primeiro é provavelmente o concerto de apresentação do primeiro disco. Aí fomos postos à prova, nós mesmos nos colocámos à prova porque estávamos a viver o início de um sonho que era ter uma banda de originais com uma estrutura, e estavamos a começar a perceber que poderia ter algum impacto e ai a responsabilidade comeca a pesar. És posto à prova na forma como lidas com isso, na forma como tu vais dar tudo e obviamente queres que as coisas corram da melhor forma e ás vezes, durante o espetáculo, nao correm bem e temos de ser capazes de dar a volta às situações quando elas acontecem. Este momento é critico.
O outro, provavelmente foi um desafio que nos colocaram, que era pegar numa ópera e transformá-la numa música Pop. Já o fizemos várias vezes para um programa que se chamava Super Diva da RTP2 e a primeira pertencia a Verdi e outra a Puccini e de facto foi um desafio muito complexo. A musicalidade envolvida numa ópera é uma coisa muito complexa. Descomplexar e descontruir para tornar numa canção Pop foi estranhamente difícil. Mas foi um desafio muito giro de fazer e fomos postos à prova enquanto orquestradores, re-arranjadores e intérpretes. 
 
RM – Que disco ou concerto mudou a vossa vida? 
Não há um disco ou um concerto ou um artista que mudasse a nossa vida enquanto banda.  Cada um tem o seu disco e o seu artista. Eu sei, por exemplo, que a artista que mudou a vida da Marisa foi Elis Regina, que é das artistas mais importantes da vida dela. No meu caso, Stevie Wonder e no caso do Ricardo, do Rui e do Mauro, não consigo responder por eles. Temos todos gostos muito distintos, sei que o Ricardo é mais virado para o Jazz, o Rui é mais virado para a Funk 80’s e o Mauro é assim mais alternativo, Radiohead provavelmente. 
 
RM – Tendo em conta o atual panorama da música portuguesa, o que tens a dizer? Estamos num bom momento? Ou estamos a estagnar?
Eu acho que o estado da música portuguesa, de há sete ou oito anos para cá, tem vindo a ser bem melhor do que era há 10, 15 ou 20 anos atrás, porque nessa altura não se dava tanto valor à musica portuguesa como se dá agora, nem mesmo à própria língua. Antigamente, dizia-se que tinhamos que cantar em inglês para singrar e hoje em dia é exatamente o oposto, tem que se cantar em português para singrar em portugal. O que é de valor, acho que devemos dar valor àquilo que é nosso e à nossa língua, que é bem bonita. O estado da música portuguesa, vivemos nesta fase aquilo que eu acho que é muto virado para a musicalidade estrangeira. Ou seja, eu acho que ainda não encontrámos o equilíbrio, algo que nos defina enquanto pátria e povo, sem falar do Fado, mas até mesmo no Rock, na Pop e Eletrónica, nós temos que encontrar uma coisa que seja nossa. Da mesma maneira que os americanos têm o Funk e o Blues, nós também temos que ter algo que nos defina e neste momento, andamos ainda um bocado à procura da nossa identidade da parte apenas musical, a lírica já temos. Agora temos Bruno Mars, Ed Sheeran e Justin Bieber e tentamos um pouco replicar o que se faz lá fora, mas em português. As pessoas ainda se estão a testar e a descobrir qual o melhor caminho, mas acho que vai melhorar.
 
RM – Falando em Portugalidade, uma das coisas que tem a ver com a portugalidade é a guitarra portuguesa, seria possível incluir em uma música vossa uma guitarra portuguesa? Achas que faria sentido e que continuaria a ser apelativo para o vosso público?
Eu acho que faria tanto sentido que nós temos músicas com guitarra portuguesa. Nós na realidade tentámos encontrar esse equilíbrio. Temos guitarra portuguesa, temos acordeão, já fizemos parcerias com os Toca Rufar, a própria Marisa que confere alguma portugalidade pela maneira como ela canta, tem os trejeitos do Fado, e nós tentamos fazer essa ponte musical entre a musicalidade portuguesa, mas vesti-la com uma sonoridade mais atual, juntando o Rock ou a Eletrónica. No fundo, é essa a mescla do conceito de sonoridade portuguesa.
 
RM – ​Dos vosso temas, há algum que vos dê mais prazer de tocar ao vivo? Algum tema que represente mais alguma coisa?
Isto é a mesma coisa que teres quatro filhos e dizeres qual é que gostas mais. Mas há sempre um carinho especial pelo primeiro single, “A Máquina”. Foi o primeiro single dos Amor Electro que nos deu a conhecer. Foi ali que tudo começou, foi o tema que nos abriu as portas todas e como tal, há um carinho especial mesmo passados seis anos de o tocar, não nos fartamos de o tocar e temos exatamente a mesma sensação que tínhamos há seis anos atrás. É sempre gratificante ver as pessoas a cantarem e a vibrarem com o tema. 

RM – ​Portugal foi conquistado com esse tema, e a nível internacional, quais são as vossas expetativas?
Nós queremos obviamente quebrar algumas barreiras que têm sido inquebravéis até agora.  Não queremos descurar o nosso país, porque é aqui que tudo começa e na realidade é aqui que tudo acaba. É díficil, como todos sabem, internacionalizar uma banda que não esteja incluída na World Music. Nós temos obviamente esse sonho e algumas estratégias já pensadas de testar o mercado, basicamente no mercado latino e brasileiro.  São provavelmente os mercados onde iremos fazer o teste para perceber se há viabilidade ou não. Às vezes, queremos muito mas se não há procura estamos apenas a perder tempo.  Isto é como em qualquer trabalho, temos que fazer um estudo de mercado e perceber se é sustentável. Temos que ter uma estrutura, já não é só ser sonhador. Sim, há essa intenção e vontade e estamos a ver.
 
RM – ​Sentem-se preparados para uma tour e todas as suas implicações?
Claro que uma tour tem muitas implicações. Sentimos-nos preparados para trabalhar outro mercado, o mercado internacional. Sabemos as consequências que tem se for uma coisa que corra bem.  Uma tour pelo Brasil ou mesmo pelo mercado latino,  implica muito tempo fora de casa e essa é a parte mais difícil de gerir, no meio disto tudo, é estares longe dos teus filhos. No meu caso e no caso da Marisa, como somos um casal, implica os nossos filhos estarem sem a mãe e sem o pai, que é mais complicado. No caso dos outros, ficam com a mãe ou com o pai, há sempre maneira de compensar. No nosso caso, temos essa noção, eventualmente vamos ter que fazer um esforço redobrado, tentar vir a portugal o máximo de vezes possível, equilibrar as coisas e tentar obviamente dentro da tour andar cá e lá. Implica um investimento maior financeiro mas nós preferimos assim.

RM – ​Se realmente tudo corresse pelo melhor, e que vos fosse permitido sonhar alto, havia alguma sala ou algum palco onde vocês teriam mesmo de tocar? Como que a concretização de um sonho.
A resposta típica é Wembley mas não, eu prefiro dizer Estádio da Luz na realidade. Mas já lá toquei. Na realidade não pensámos ainda muito nisso. O que virá virá. As salas têm o seu peso, por exemplo, o Zenith em Paris, também já toquei, mas é uma sala que está muito ligada a um estilo de música. Não será uma sala onde, à partida, iremos tocar. O Carnegie Hall ou o Madison Square Garden adorava, mas mais do que adorava tocar, adorava ir ver um jogo da NBA ao Madison Square Garden. Acho que não temos sala nenhuma, dêem-nos meia dúzia de metros de palco e nós tocamos em qualquer lado.

RM – ​Vocês estão a preparar um álbum novo, queres revelar-nos alguma coisa?
O terceiro disco dos Amor Electro irá sair em meados de abril, ainda sem data fixa. E este terceiro disco, tal e qual como os outros, tem um conceito. O primeiro foi um disco mais Pop, o segundo disco foi mais Rock, e este terceiro disco será algo mais Eletrónico. Sempre dentro e não descurando a sonoridade dos Amor Eletro. Um bocadinho mais eletrónico, com mais sintetizadores, vai continuar a ser um disco em formato canção. Mas com uma roupagem um bocadinho mais eletrónica. O single sairá na próxima semana e iremos fazer a apresentação presencial numa gala do The Voice. Vai ser a primeira vez que o vamos tocar. É um dueto, com um artista internacional, que será uma surpresa. O tema chama-se “Procura por mim", pela primeira vez na história dos Amor Electro um formato balada. É uma música calma e maioritariamente a piano e voz. Será um single mais intimista.

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