Entrevista a Benny SamboraSambora. Benny Sambora. É precisamente por este peculiar nome que responde um dos novos rostos da Music For All para 2018. Nascida na bela, e invicta, cidade do Porto, ainda a década de 90 dava os primeiros passos, estreia-se a solo com o EP “Hell Becomes Heaven”. As três músicas que integram o registo foram gravados nos estúdios Sá da Bandeira, no Porto, ficando a apresentação ao público nacional a cargo do tema-título.
Ligada ao Rock desde que se conhece é nesse estilo e sonoridade que se revê. De Benny Sambora podemos esperar alma, garra e paixão, sentimentos através dos quais cria uma conexão a quem a ouve. Benny esteve connosco numa entrevista que queremos partilhar. |
Rhodes Magazine – Ser cantora sempre foi o teu sonho?
Quando era pequenina dizia que queria ser cantora e atriz, mas eu acho que qualquer criança pensa em ser artista algum dia. Nessa altura, também pensei que seria arquiteta, mas afinal acabei por nem seguir arquitetura, embora tenha de facto este meu lado artístico que me levou a tirar um curso profissional de design de interiores e exteriores, assim como, a licenciatura em cinema e audiovisual que eu também adoro! Deste modo, não me considero cantora, sou apenas uma guitarrista que se atreve a cantar. A música sempre foi a minha paixão...sobretudo os instrumentos, mais precisamente a guitarra. Esse sim, é o sonho que tenho: tocar para o resto da vida!!!! Como diz a música do Eric Clapton e BB King, dois grandes guitarristas que eu adoro, na música "Riding With The King": "I had a guitar hanging just about waist high, and I'm gonna play this thing until the day I die".
RM – Quais os artistas que mais admiras? Procuras alguma referência e inspiração neles?
Como devem calcular pelo meu nome artístico, o artista que mais admiro é o Richie Sambora, ex-guitarrista dos Bon Jovi. Ele sempre me fascinou. Ele tem feeling a tocar os seus solos. Foi ele que me fez pegar na guitarra e quer fazer solos como os dele. Outros artistas que admiro são: Bruce Springsteen, Bryan Adams, Eric Clapton, Tom Petty, The Beatles, The Rolling Stones, BB King, e ainda os Take That e Robbie Williams. Gosto de muitíssimas mais bandas e artistas solo, obviamente, como os Queen. O Freddie para mim sempre foi e sempre será o melhor cantor de todos os tempos. Cheguei a inventar um solo de guitarra, que muitos amigos meus diziam que fazia lembrar os do John Frusciante, ex-guitarrista dos Red Hot Chili Peppers. Para mim é uma honra ouvir semelhante coisa. O Frusciante é uma lenda viva da guitarra. Na minha óptica, inevitavelmente, os artistas de que mais admiramos são a nossa maior referência e inspiração. Assim sendo, ficamos mais ligados a um estilo musical, que no meu caso é o rock.
RM – Tens um estilo musical específico ou gostavas de experimentar outro?Como referi anteriormente eu sempre me identifiquei mais com o rock!! Embora goste muito de outros estilos musicais tais como blues, country, jazz, bossa nova, reggae, entre outros. Eu até cheguei a tocar numa banda de reggae, em 2014, com o Selecta Matraca (atualmente vocalista dos YAWAL). O que é certo é que eu vou estar sempre ligada ao rock, que é a minha essência, ainda assim, vejo-me a experimentar outros estilos musicais.
RM – A nível profissional, como te vês daqui a uns anos?Sinceramente isso é uma incógnita para mim. Claro que gostaria de poder viver da música, mas esta área é muito complicada. Eu não sou muito de pensar no futuro, o que tiver de acontecer, acontece. Mas estou sempre aberta a mudanças.
RM – O rock sempre correu nas tuas veias ou surgiu de uma maneira inesperada?
O rock provavelmente sempre deve ter corrido nas minhas veias, mas claro que só posso afirmar isso depois de ter ouvido pela primeira vez várias músicas que me fascinaram desse género musical. Como ouço desde criança, desde de que me conheço, posso dizer que é desde de sempre.
RM – Fala-nos um pouco sobre o teu single “Hell Becomes Heaven”.
Bem, esta música tem uma história. Eu compus essa canção para um rapaz por qual eu estava apaixonada. Nunca cheguei a dizer-lhe o que sentia. Pensei que escrevendo a música seria mais fácil dizer-lhe, mas a verdade é que nunca lhe cheguei a mostrar, por vergonha. A letra da música é uma verdadeira declaração de amor.
A letra fala basicamente tudo o que eu sentia por ele, diz que eu não tinha coragem de lhe dizer o que sentia, que o meu coração disparava sempre que estava com ele, que eu me sentia bem perto dele, etc. Ou seja, todo aquele cliché de quando uma pessoa está apaixonada.