Entrevista a Camará Inspirado na magia do toque humano, chega até nós o Camará! O melífluo pedaço de MPB extraído de “Bonsai”, o segundo longa-duração da dupla formada por Victor Cremasco (voz) e Raphael Amoroso (violão), será apresentado ao vivo numa mini-digressão nacional com o condão da Music For All! |
Rhodes Magazine - Como despertou a vontade de iniciar este dueto? E como surgiu o nome ‘Camará’?
O Camará veio para dar unidade e identidade de duo à simbiose que nós dois já nutríamos, como amigos de muitos anos e como músicos. Mesma visão sobre fazer música, como desfrutá-la, o que esperar dela, gostos e referências semelhantes e vontade de compor e somar nosso quinhão à música brasileira autoral. O nome “Camará” nós emprestamos do refrão de “Água de Beber”, de Tom Jobim. Ele resume com muita leveza e brasilidade a essência de tudo: nossa camaradagem.
RM - Quando e como, foi o vosso primeiro contacto com música? Foi paixão à primeira audição ou só mais tarde se renderam ao poder magnético da música?
Não teve como escapar das muitas primeiras audições. Nós dois tivemos o privilégio de ter músicos na família e, desde pequenos, ouvir boa música. Não só ouvir, mas crescer perto de gente que se alimentava dessa boa música e fazia dela um ritual. Isso com certeza trouxe um olhar diferente. Aprendemos que música não é só um mero produto para preencher o silêncio; é arte, magia, desafio.
RM - Como definem a vossa música em 3 palavras?
Parafraseando Cazuza, talvez nossa música pode ser definida como um “museu de grandes novidades”.
RM - O quê, ou quem, vos inspira a compor?
Coisas sutis e atemporais. Compomos para honrar com palavras uma sequência de acordes singelos que tenham surgido no violão, ou para honrar com musicalidade uma poesia que tenha nascido no papel. Nossa inspiração é a própria matéria-prima da música. Junto disso, claro, pessoas, ideias e momentos acabam por ajudar a lapidar canções.
RM - Contem-nos qual o processo criativo por detrás da composição da vossa música, “Bonsai”?
“Bonsai” ensina que a perda é insumo do crescimento. O bonsai figura na canção como miniatura da vida, na qual por vezes é preciso cortar os ramos, ser um pouco jardineiro da própria dor, para que os novos galhos cresçam da maneira e na direção certa. Esse foi o mote que inspirou o Raphael a compor esta canção. O poema do Agualusa veio depois, uma (nobre) cereja sob encomenda.
RM - Há algum artista, nacional ou internacional, com o qual gostariam de colaborar?
Sonhamos grande. Um dia, quem sabe, Carminho ou António Zambujo dividindo uma canção conosco. Aline Frazão também. No Brasil são tantos... Wilson das Neves, Toquinho, Lenine... Alguns mais ou menos distantes, porém independentemente de quem, o importante é manter essa energia gregária, de estar sempre trocando com outros artistas, sejam eles expoentes ou emergentes.
RM - Que feedback têm recebido das pessoas que compram e ouvem a vossa música?
Além de bons feedbacks dos amigos (sempre suspeitos), dizem que o Camará resgata certas profundidades e tem uma maturidade musical que surpreende por vir da fonte de compositores tão jovens como nós. Interessante por ser um olhar que transcende a parte técnica musical e fala do que o artista tem de mais valioso e sagrado: a intenção.
RM - Qual o género musical em que gostariam de se aventurar um dia?
Nenhum específico, mas estamos abertos a todos. Recentemente nos aventuramos compondo um tango. Indo a Portugal, por que não um fado? Indo a outros lugares e ouvindo novas referências, nosso mundo vai se expandindo.
RM - Esperam inspirar o povo lusitano com o vosso samba e a bossa-nova excepcionais quando pisarem o solo nacional em outubro próximo?
Com certeza. Não teria lugar melhor para nossa primeira experiência internacional. Será um encontro na linguagem e no sentimento. Esperamos que nossa música ressoe por aí.
O Camará veio para dar unidade e identidade de duo à simbiose que nós dois já nutríamos, como amigos de muitos anos e como músicos. Mesma visão sobre fazer música, como desfrutá-la, o que esperar dela, gostos e referências semelhantes e vontade de compor e somar nosso quinhão à música brasileira autoral. O nome “Camará” nós emprestamos do refrão de “Água de Beber”, de Tom Jobim. Ele resume com muita leveza e brasilidade a essência de tudo: nossa camaradagem.
RM - Quando e como, foi o vosso primeiro contacto com música? Foi paixão à primeira audição ou só mais tarde se renderam ao poder magnético da música?
Não teve como escapar das muitas primeiras audições. Nós dois tivemos o privilégio de ter músicos na família e, desde pequenos, ouvir boa música. Não só ouvir, mas crescer perto de gente que se alimentava dessa boa música e fazia dela um ritual. Isso com certeza trouxe um olhar diferente. Aprendemos que música não é só um mero produto para preencher o silêncio; é arte, magia, desafio.
RM - Como definem a vossa música em 3 palavras?
Parafraseando Cazuza, talvez nossa música pode ser definida como um “museu de grandes novidades”.
RM - O quê, ou quem, vos inspira a compor?
Coisas sutis e atemporais. Compomos para honrar com palavras uma sequência de acordes singelos que tenham surgido no violão, ou para honrar com musicalidade uma poesia que tenha nascido no papel. Nossa inspiração é a própria matéria-prima da música. Junto disso, claro, pessoas, ideias e momentos acabam por ajudar a lapidar canções.
RM - Contem-nos qual o processo criativo por detrás da composição da vossa música, “Bonsai”?
“Bonsai” ensina que a perda é insumo do crescimento. O bonsai figura na canção como miniatura da vida, na qual por vezes é preciso cortar os ramos, ser um pouco jardineiro da própria dor, para que os novos galhos cresçam da maneira e na direção certa. Esse foi o mote que inspirou o Raphael a compor esta canção. O poema do Agualusa veio depois, uma (nobre) cereja sob encomenda.
RM - Há algum artista, nacional ou internacional, com o qual gostariam de colaborar?
Sonhamos grande. Um dia, quem sabe, Carminho ou António Zambujo dividindo uma canção conosco. Aline Frazão também. No Brasil são tantos... Wilson das Neves, Toquinho, Lenine... Alguns mais ou menos distantes, porém independentemente de quem, o importante é manter essa energia gregária, de estar sempre trocando com outros artistas, sejam eles expoentes ou emergentes.
RM - Que feedback têm recebido das pessoas que compram e ouvem a vossa música?
Além de bons feedbacks dos amigos (sempre suspeitos), dizem que o Camará resgata certas profundidades e tem uma maturidade musical que surpreende por vir da fonte de compositores tão jovens como nós. Interessante por ser um olhar que transcende a parte técnica musical e fala do que o artista tem de mais valioso e sagrado: a intenção.
RM - Qual o género musical em que gostariam de se aventurar um dia?
Nenhum específico, mas estamos abertos a todos. Recentemente nos aventuramos compondo um tango. Indo a Portugal, por que não um fado? Indo a outros lugares e ouvindo novas referências, nosso mundo vai se expandindo.
RM - Esperam inspirar o povo lusitano com o vosso samba e a bossa-nova excepcionais quando pisarem o solo nacional em outubro próximo?
Com certeza. Não teria lugar melhor para nossa primeira experiência internacional. Será um encontro na linguagem e no sentimento. Esperamos que nossa música ressoe por aí.