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Entrevista a Luciana Araújo

É através da doce e suave voz de Luciana Araújo que nos chega o primeiro grande sucesso de 2017 "Mais", de “Essências”. Contando com versões de temas de vozes bem conhecidas do público português (como Rui Veloso, Carlos Tê e Nuno Gonçalves, dos The Gift), a sua voz resulta de uma agradável e surpreendente fusão da Música Popular Brasileira (MPB) com elementos característicos da cultura portuguesa. 

A propósito do seu disco de estreia, a Rhodes Magazine esteve à conversa com a cantora e compositora luso-brasileira.​
Rhodes Magazine - Com que idade começou a cantar? Sempre sonhou ter uma carreira na área da música ou de forma inesperada?
Aos 11 anos comecei a cantar no coral do colégio Marista onde estudei, em Fortaleza, Ceará, e recebi meu primeiro cachê como cantora aos 13 anos de idade.
Quando eu era criança não sonhava em ser cantora porque nem sequer tinha noção se eu possua o talento para a música. Ninguém chegou para mim e disse “nossa, como esta criança canta bem!” Quando criança, gostava de brincar de apresentar programas, mas na verdade eu pensava em ser pediatra quando crescesse.
Somente aos 11 anos é que o meu pai descobriu que eu era afinada e tinha o dom do canto. E no meu colégio ganhei destaque no coral, então cada vez mais fui adquirindo confiança e acreditando que poderia fazer uma carreira na música.
 
RM - Assumiu desde sempre a composição de boa parte dos seus próprios temas, porque enveredou por esse caminho? E o quê, ou quem, a inspira a compor?
Eu demorei muito a começar a compor e a gravar meu primeiro disco. Eu sempre tive em mente que gravaria um disco apenas quando tivesse alguma música de minha autoria.
Demorei a compor porque não toco nenhum instrumento, tenho apenas noções de piano, mas sempre gostei de escrever, só não conseguia criar a melodia para as minhas letras. Das primeiras vezes que consegui musicar alguma letra minha, não gostei do resultado e nem pensei em mostrar alguém, por vergonha. Quando finalmente consegui compor algo que me agradou, nasceu “Essências”, minha primeira composição e tema do meu primeiro disco. Então, ganhei o gosto pela composição e venho praticando desde então. Mas é intuitivo, crio a melodia de cabeça mesmo. É uma felicidade grande demais ter conseguido evoluir neste sentido e poder dizer que também sou compositora me dá muito orgulho, apesar de ser uma iniciante na arte de compor. Sinto também que hoje sou mais valorizada por ser também compositora, e não só intérprete.
Quanto às inspirações para compor, antigamente eu escrevia letras muito autobiográficas, mas hoje em dia, uma música pode surgir de uma palavra, de algo que eu vejo na rua,  ou mesmo de alguma situação que eu crio. “Numa tarde dessas” nasceu quando eu caminhava no Parque das Nações, em Lisboa, numa tarde qualquer, no meio da semana, em que eu vi alguns casais passeando de mãos dadas, se abraçando... Então esta cena me inspirou a compor a música, claro que na letra eu fiz uma adaptação, ao invés de “...olhar o rio...” , eu pus “...olhar o mar” mas a história é esta. Já “Essências” é uma letra autobiográfica, que fala do meu amor pela música num momento em que eu estava meio afastada da música porque a vida muitas vezes me levou a trabalhar com outras coisas, como publicitária e como apresentadora, mas a verdade é que a música é que deixa “...meu mundo mais bonito e meu bem querer infinito...” 

RM - Há algum artista, português ou internacional, com o qual gostaria de colaborar no futuro?
Sim, são vários, mas em Portugal, tenho uma grande admiração pelo Rui Veloso e António Zambujo e por isso seria uma honra poder cantar com eles. Ter gravado “Porto Sentido”, de Rui Veloso e Carlos Tê foi uma alegria sem igual. Mas a alegria maior foi ver a reação super positiva do Rui ao ouvir minha gravação pela primeira vez. Foi um dia inesquecível. Quanto aos artistas brasileiros, o Djavan me vem logo à mente! Sou muito fã, não só do artista, mas do ser humano incrível que ele é.

RM - Conte-nos tudo sobre o seu disco de estreia, “Essências”!
 Nossa... tudo? Daria um livro! Mas, em resumo, “Essências” é um sonho realizado. Acredito que todos que trabalham com música sonham em gravar um disco. Conversei com alguns produtores antes de escolher o Bruno Cardozo para produzir meu disco. Ele já trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Gal Costa, Rita Lee, e além de um pianista formidável, tem um bom gosto incrível e os arranjos são todos dele. Trata-se de um disco de Música Popular Brasileira, onde estão as minhas primeiras composições, das 11 músicas, 5 são minhas. Além de “Porto Sentido” (Rui Veloso/Carlos Tê), gravei “Fácil de entender” (The Gift). Sou muito grata por ter também uma música inédita do Nando Reis no meu disco. Os músicos que tocam neste disco são conceituadíssimos no mundo musical brasileiro, e não só.  Marcelo Mariano, Thiago do Espírito Santo, Cuca Teixeira, Mestrinho, Sandro Haick, Swami Jr., Pepe Cisneros, Wilson Teixeira, Marcelo Lima, mixado por Luis Paulo Serafim e master de Walter Lima.
Demorou, mas eu me orgulho muito deste meu primeiro filho (risos). 

RM - Que emoções, sentimentos e histórias estão por detrás do single “Mais”?
“Mais” nasceu da seguinte frase: “mais que ontem e menos que amanhã”. Esta música tem uma inspiração muito íntima, trata-se de tentar entender um pouco o que deve ser o amor de mãe. Ainda não sou mãe, quer dizer, tenho um filho de quatro patas que amo demais. Minha história de vida é bem diferente, conheci minha mãe aos 11 anos, mas fui muito amada pela família do meu pai, e a vida me deu mais 4 mães, então fui abençoada neste sentido. Mas no início de 2012 pensei que iria ser mãe e acabou não dando certo, infelizmente. É claro que estes acontecimentos nos fazem refletir, questionar no sentido de “como será o amor de mãe? Deve ser algo grandioso demais... algo que só cresce a cada dia...” E foi a partir deste momento que nasceu esta música, numa tentativa, até infantil, ingénua, de tentar quantificar o amor, algo que não se pode medir, mas quando queremos dizer a alguém o quanto amamos, tentamos das maneiras mais fantasiosas.

RM - O que lhe dá mais gozo: a etapa da composição/gravação ou apresentar as canções ao vivo?
São duas sensações bem diferentes e gratificantes. No mundo musical, a gente costuma chamar as próprias composições e discos de “filhos”, de “crias”, então, assim já se consegue perceber melhor a sensação. Quando uma música nasce, parece uma mágica, é uma arte, é algo divino, reflexo da sua alma, acredito ser algo assim, é difícil descrever, porque ainda estou na fase de ficar super encantada cada vez que faço uma música da qual gosto, não sei isso acontece com os compositores que já têm 500 músicas. Agora, quando a música é apresentada ao público, principalmente depois de anos cantando músicas de outros autores, é um orgulho inexplicável, é o momento da entrega, de compartilhar a sua arte, o que você criou. Eu acredito também que seja como uma mãe “coruja” toda orgulhosa que apresenta seu lindo filho aos amigos, aos familiares.

​RM - Por falar em concertos, que feedback tem das pessoas que compram, e ouvem, a sua música e vão aos concertos?
Graças a Deus o feedback é sempre muito positivo, e acredito que se deve também ao fato da MPB ter esse poder de chegar a todas as classes sociais, a todas as idades e abranger um público muito diverso em termos de gosto musical. Fico ainda admirada com alguns países que consomem minha música, como o Japão, porque nunca estive lá e nunca fiz divulgação do meu trabalho neste mercado.Tudo a que me proponho a realizar, tento dar o meu melhor e me esforço bastante porque amo o que faço, e acredito que o público sabe conhecer e dar valor a um trabalho que reflete a verdade do artista e que foi produzido com este cuidado e dedicação. 

RM - Se pudesse tornar uma canção famosa numa criação sua que canção escolheria?
De repente me vem à cabeça “Oceano”, do Djavan e “Mucuripe”, de Belchior e Fagner. São clássicos da Música Brasileira, que daqui a muitas décadas as pessoas ainda vão cantar e se emocionar com elas. Estas são músicas que teriam que fazer parte de um filme da minha vida.

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