Créditos Fotográficos: www.nosalive.com
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Entrevista a Miguel AraújoUm dos artistas mais completos da nova geração da música portuguesa, Miguel Araújo, cantor, músico e compositor, ficou conhecido nos Azeitonas, a banda portuense que aos poucos se foi afirmando como um dos mais interessantes fenómenos de culto do panorama nacional.
Miguel Araújo, individualmente, já foi nomeado para "melhor intérprete individual" nos globos de Ouro e para a revista Lux foi nomeado como "personalidade masculina do ano na categoria de música". O álbum "Cinco dias e Meio" foi considerado um dos 10 melhores do ano na revista Blitz. E o seu single "Capitão Fantástico" foi considerado uma das melhores do ano também pela Blitz. Recentemente apresentou-nos com a sua nova música "Ainda estamos aqui" que é agora a canção oficial do programa da SIC, Alta Definição. |
VS:RHODES MAGAZINE [RM]: Miguel como surgiu a música na tua vida?
MIGUEL ARAÚJO [VS]: Surgiu na sala de baixo da casa da minha avó, que ficava entre os lugares da Giesta e Sangemil, em Águas Santas, na Maia. Essa sala, em meados dos anos 80, foi convertida em sala de ensaios pelos meus tios, que tinham (e têm) uma banda de covers de música dos anos 60.
RM: O que torna as tuas músicas tão especiais? Achas que são as letras e os seus pormenores ou a sua musicalidade?
VS: Não faço ideia. Eu não gosto de pensar em letra e música como coisas separadas, ou sequer separáveis, uma não é o adorno da outra. Nenhuma se sobrepõe ou submete à outra. A canção tem música e palavras, quando é boa as duas seguem entrelaçadas numa só.
RM: Inspiras-te em algo ou alguém quando escreves letras?
VS: O que me traz as palavras é quase sempre a melodia que se foi instalando, insinuando, no meu subconsciente. É quase como se as palavras já lá estivessem e fosse preciso destapá-las, descobri-las
RM: Estavas habituado a trabalhar em grupo, nos Azeitonas, foi fácil lançares-te com Miguel Araújo, individualmente?
VS: Foi díficil ir para a frente do palco como o principal centro das atenções. Uma pessoa com uma natureza que apresente alguma afinidade com a minha será sempre alguém com horror a holofotes. Era para mim muito frustrante não conseguir tocar a cantar como o fazia quando ninguém estava a olhar. Agora já consigo.
RM: Consegues explicar à Rhodes o contexto em que surgiu o novo single “Ainda estamos Aqui”?
VS: Começou com um convite por parte do Daniel Oliveira. Disse que não contasse pois eu não sou fiável com prazos, não consigo fazer músicas de empreitada. Mas um dia apareceu-me uma música inteira, de ponta a ponta, em menos de 5 minutos. Andei ali à luta com as palavras, como ando sempre, e as palavras eram aquelas. Vendo bem, estava feita a canção que o Daniel Oliveira me tinha pedido mais de um ano antes. Felizmente ainda ia a tempo.
RM: Aproximadamente um mês depois qual é o feedback do público em relação a esta música?
VS: As pessoas cantam nos concertos. Um amigo meu dos tempos da escola que hoje em dia é padre mandou-me uma mensagem a dizer que tinha feito da canção uma oração. Que maravilha.
MIGUEL ARAÚJO [VS]: Surgiu na sala de baixo da casa da minha avó, que ficava entre os lugares da Giesta e Sangemil, em Águas Santas, na Maia. Essa sala, em meados dos anos 80, foi convertida em sala de ensaios pelos meus tios, que tinham (e têm) uma banda de covers de música dos anos 60.
RM: O que torna as tuas músicas tão especiais? Achas que são as letras e os seus pormenores ou a sua musicalidade?
VS: Não faço ideia. Eu não gosto de pensar em letra e música como coisas separadas, ou sequer separáveis, uma não é o adorno da outra. Nenhuma se sobrepõe ou submete à outra. A canção tem música e palavras, quando é boa as duas seguem entrelaçadas numa só.
RM: Inspiras-te em algo ou alguém quando escreves letras?
VS: O que me traz as palavras é quase sempre a melodia que se foi instalando, insinuando, no meu subconsciente. É quase como se as palavras já lá estivessem e fosse preciso destapá-las, descobri-las
RM: Estavas habituado a trabalhar em grupo, nos Azeitonas, foi fácil lançares-te com Miguel Araújo, individualmente?
VS: Foi díficil ir para a frente do palco como o principal centro das atenções. Uma pessoa com uma natureza que apresente alguma afinidade com a minha será sempre alguém com horror a holofotes. Era para mim muito frustrante não conseguir tocar a cantar como o fazia quando ninguém estava a olhar. Agora já consigo.
RM: Consegues explicar à Rhodes o contexto em que surgiu o novo single “Ainda estamos Aqui”?
VS: Começou com um convite por parte do Daniel Oliveira. Disse que não contasse pois eu não sou fiável com prazos, não consigo fazer músicas de empreitada. Mas um dia apareceu-me uma música inteira, de ponta a ponta, em menos de 5 minutos. Andei ali à luta com as palavras, como ando sempre, e as palavras eram aquelas. Vendo bem, estava feita a canção que o Daniel Oliveira me tinha pedido mais de um ano antes. Felizmente ainda ia a tempo.
RM: Aproximadamente um mês depois qual é o feedback do público em relação a esta música?
VS: As pessoas cantam nos concertos. Um amigo meu dos tempos da escola que hoje em dia é padre mandou-me uma mensagem a dizer que tinha feito da canção uma oração. Que maravilha.