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Entrevista a PEDRO FERREIRA

Pedro Ferreira é um sonhador convicto. De voz colocada e composição intrincada, alimenta a imaginação, vivendo mil vidas numa só, a sua. Veio ao mundo em pleno bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, num Brasil que lhe ofereceu o que de mais importante existe: a identidade. Com apenas 22 anos lança a carreira com “Ária Noturna”, EP composto por seis faixas e do qual vemos agora extraído o single “Cartas do Arpoador”.

Numa entrevista, a Rhodes Magazine quis conhecer mais sobre o tão talentoso músico Pedro Ferreira.

​Rhodes Magazine – O que te despertou para iniciar uma carreira musical a solo?
Minha ligação com a música sempre foi muito forte. Acho que o que me despertou o desejo de começar uma carreira musical foi a necessidade de me conectar com o resto do mundo da única forma que eu conseguia: pela poesia e pela música. Caso contrário, eu não conseguiria me comunicar direito, aí tudo seria desastroso.

RM – Ser músico sempre foi algo que idealizaste como profissão?
Passei por aquelas fases entre escolher as profissões já com algum histórico, as fincadas já como nossas opções básicas. Quis seguir a carreira de Engenheiro Civil e até pensei em ser Arquiteto. A profissão músico ia e vinha, até que fez lugar total quando eu resolvi desistir do curso de Economia, que foi a última profissão que gritou antes de sair do Ensino Médio.

RM – O single “Cartas do Arpoador” teve inspiração em alguém?
Sim. Cartas do Arpoador veio de uma relação muito conturbada, que me doeu bastante ao fim. Ainda dói, não vou mentir sobre isso. Ainda há um amor em mistura com tristeza. À época do relacionamento eu não entendia muito bem o que estava acontecendo dentro daquele amor que eu tinha, mas nós fomos deixando as coisas caminharem sem rumo definido. Era algo muito amigável, mas também muito intenso. Até que tudo foi virando um pouco entregue além do que nós dois esperávamos. Cartas do Arpoador é um dos meus maiores orgulhos como compositor, porque é algo que traduz muito bem minha alma no momento que eu a vi nascer. Em um determinado momento da relação um afastamento começou a aparecer e eu não conseguia mais retomar nada de onde essa distância tinha nascido. Os versos que mais me tocam nessa música, inclusive, têm muito a ver com esse momento em que a ficha cai, sabe? Foi principalmente em “Por mais que eu me prenda tanto não há mais/ Memórias ‘pra’ se ouvir/ Quem sabe foi demais?” que eu sinto que marquei minha alma nessa música. Essa alma é uma que eu posso revisitar milhões de vezes e parece que a experiência vai sempre ser revivida. 
​
RM – Como te vês como cantor?
Olha, primeiramente é complicado me observar só como um cantor. Eu gosto de pensar em mim como um Artista. Com letra maiúscula mesmo em Arte. Se você parar para observar bem o meu ofício é despertar questionamentos, sentimentos escondidos e ajudar as pessoas a se observarem mais, coisas que hoje no mundo estão um pouco ofuscadas pela velocidade das coisas. A Arte é o antídoto do afastamento, por isso eu não me canso de me entender Artista. Minha forma de expressão, mais do que só pela minha voz, é pelo meu piano, meu violão, meus escritos. Meu ofício é a Arte.

RM – Tens algum feedback das pessoas que ouvem as tuas músicas?
Tenho tido os mais incríveis que já vi. Recebo mensagens de pessoas que ouviram minha música me dando muito apoio e dizendo que gostariam de me ver crescendo, além de muitas mensagens também relatando as sensações despertadas pela música, na sua maioria com muito choro e emoção. Agora, o mais incrível dos Feedbacks veio de uma menina de 6 anos que, sem falar nada, me despertou a mais forte das alegrias. Em uma visita a Escola de Música da Rocinha, localizada aos pés da comunidade da Rocinha no Rio de Janeiro, conheci uma menininha que, sem saber que estava lá ouvindo, começou a cantar uma de minhas músicas “Hoje Eu Vou Te Contar” com um sorriso no rosto. O que mais me deu alegria foi o fato de ela não saber que eu era o compositor da música. Quando soube, ela ficou em um estado de contemplação e felicidade. Aí sim eu senti que minha música tinha recebido um feedback que me desestabilizou totalmente!

RM – Como imaginas o teu futuro?
Faço muitos planos, sim. Imagino várias coisas no futuro, mas sempre estabelecendo algumas metas. Aprendo muito com nossos artistas brasileiros e com portugueses também, como Carminho, Salvador e no Brasil com Anitta, que é uma génia em gerir a carreira. Tenho um sonho grande de tocar no Coliseu do Porto e também de chegar ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Meu futuro eu imagino com muitas descobertas sobre esse mundo enorme, sobre como as pessoas se relacionam e também sobre como posso chegar a mais gente, como posso fazer minha música chegar no âmago do que nós temos em comum.

RM – Em que género musical gostarias de te aventurar um dia?
Eu quero muito me aventurar no Samba! As músicas e os ritmos que vêm da matriz africana me deixam muito fascinado. A riqueza do Brasil está aí também e queria muito aprender mais. Ah, são tantos os ritmos que eu fico até confuso muitas vezes. Acho que vou ter que ir vivendo e experimentando para descobrir. 

RM – Sentes que o mundo da música mudou a tua vida?
Mudou e continua mudando. O mundo da música tem um poder enorme sobre mim. Por “mundo da música” eu penso em um mundo de experimentações e libertação. A música é isso, não é mesmo? Quando a gente canta uma música somos uma espécie de ator que encarna em um personagem e pode fazer o que quiser. O corpo é seu e da música. A música te possui naquele momento e eu escolhi deixar que ela me possuísse por grande parte do meu dia, então cada som é uma mudança. 

RM – Achas que falta alguma coisa, a nível artístico, por alcançar?
Falta muito ainda. Quero que essa turnê pelos palcos portugueses seja o começo desse carinho que quero trocar com Portugal. Por toda a história de minha família com esta terra senti vontade todos esses anos de sempre retornar e ficar perto desse lirismo que só vocês têm. A partir de agora quero, além de toda a história de minha família, levar comigo em cada ida a minha própria história em amor a vocês. Já sou muito grato e espero continuar crescendo ao lado dessa terra linda e que me ensina tanto a poesia.


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