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Entrevista a Ritchaz Cabral

O músico luso-cabo-verdiano Ritchaz Cabral chega até nós com “Kabalindadi”, caloroso e bamboleante tema mergulhado na melhor tradição dos sons típicos de Cabo Verde que pretende alertar consciências para a necessidade de combater a tirania e corrupção humana que preenchem o nosso dia-a-dia.
 
Este é o cartão de visita do primeiro EP a solo do músico, “Mal Famadu". Além deste tema, muitos outros serão abordados pelo autor, em entrevista com a Rhodes Magazine.
Rhodes Magazine- Qual foi a sua primeira experiência com música no geral? E a tocar propriamente?
A minha primeira experiência com a música foi provavelmente querer ouvir repetidamente certas músicas e cassetes de música na minha infância. Na altura, já mais velho, comecei a gravar vocais meus em cassetes de gravação. Ainda me lembro da alegria de comprar cassetes "virgens" no super mercado, só para gravar coisas minhas no velho gravador da casa.
 
RM- Como definiria a sua música em três palavras?
Em três palavras, a minha música é motivação, ritmo e identidade.
 
RM- Que disco, concerto ou artista mudou a sua vida?
Uma pergunta difícil pois foram vários... Mas vou tentar simplificar as coisas na minha cabeça. Um dos artistas que mais me cativou foi o grupo Ferro Gaita de Cabo-Verde. A melancolia da concertina e voz, misturada com a alegria das percussões, coros e ritmos fizeram-me sentir uma energia que ainda hoje me motiva a querer copiá-la.

Um dos artistas que mais me tocou foi outro Cabo-verdiano, Orlando Pantera, que usei muito (passa a expressão) tal como um jornal da cultura e hábitos cabo-verdianos transformado em música. Ele era simplesmente um compositor brilhante tanto a nível lírico como melódico. A partir das suas influências, um grupo de jovens compositores e guitarristas (Vadú, Princezito, Tcheka e Edson Dany) da ilha de Santiago, ainda em Cabo-Verde, criaram um álbum acústico que se intitula "Ayan", dos que devo ter escutado mais vezes até hoje. O álbum conta fundamentalmente com os géneros de batuque, tabanca, jazz e "músicas do mundo".
 
RM- Qual é a sua maior aspiração enquanto músico?
A minha maior aspiração é de fazer as minhas melodias chegarem ao máximo de ouvidos pelo mundo fora, e é fazer letras minhas inspirar pessoas a encontrar coisas como a alegria, paz, coragem, consciência e até amor.
 
RM- Como surgiu o título do seu EP, “Mal Famadu”?
O título "Mal Famadu" surgiu através de uma música minha. Um funaná que escrevi tal como escrevo a maioria das minhas músicas. De guitarra nos braços a cantarolar sobre um determinado assunto ou coisas vagas.

A história dessa música é a revolta e a aversão que faço em relação a ter sido em tempos ou determinado momento excluído (quase que do resto do mundo) por ser fisicamente e psicologicamente o que sou. Negro, bilingue com uma língua nativa "estranha", com uma cultura que não vem escrita nos livros, nem se sabe muito. Decidi aplicar o mesmo nome ao álbum pois penso que reflecte muito do meu espírito no geral das músicas deste trabalho. E a própria música também está incluída no álbum.

RM- Pode descrever-nos como decorreu o processo criativo para a composição deste EP?
O processo criativo passou pelas escritas dos mais diversos assuntos que me inspiraram ao relato quase íntimo e urgente. E a roupagem das músicas divide-se entre o acústico, o ritmado e repetitivo do batuque, e o eléctrico com concertinas frenéticas ou melancólicas em base da batida do funaná. Tudo isto com o olhar de alguém que nem sequer nasceu e viveu em Cabo-Verde, mas sim na Europa e no mundo.
 
RM- Qual o tema deste EP que mais prazer lhe dá tocar ao vivo?
Depende do dia, ou da minha sensibilidade na altura. Tenho adorado tocar o batuque “Kabalindadi” pois os ritmos deste género são quase terapêuticos para a cabeça, deixando-nos em transe. E o funaná é conhecido pela alegria na dança. Para tal, talvez o meu tema de funaná “Xansi” seja um dos que mais me puxa para esse atrevimento físico, pois eu até sou tímido.

RM- O que podemos esperar do concerto no B.leza do próximo dia 25?
Talvez eu já tenha respondido a esta pergunta com as questões anteriores, mas, no B.Leza pode-se esperar sorrisos na cara, mensagens sinceras, passos de dança, e fundamentalmente harmonia.

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