Entrevista a VeteranoO artista Veterano sempre adorou escrever e ler poesia, mas foi em 1998 que surgiu o Hip Hop, quando escreveu um poema especial e o quis transformar em música. Após o lançamento do seu primeiro álbum a solo de nome “Passado, Presente, Futuro" em 2015, o artista encontra-se agora em pleno lançamento do seu segundo trabalho a solo de nome “Gira o MIC". Este álbum serve como homenagem ao falecido rapper Beto di Ghetto. É um retorno às raízes do Rap, que entre ritmos e poesias, contém uma mensagem consistente que deambula entre o positivo e o negativo, o individuo e a sociedade.
A Rhodes Magazine entrevistou o artista e partilha contigo agora as últimas novidades deste projeto. |
RM - A leitura e a poesia sempre fizeram parte da sua vida, mas quando nasceu a paixão pelo hip-hop?
V - Sim, a paixão pelo Hip Hop nasce através da ligação à Poesia e aos poemas que escrevia. Nos tempos de escola os meus cadernos estavam repletos de rimas, e num dos poemas que tinha escrito senti que tinha de ir mais além do papel e da caneta. Felizmente e através de um conhecimento tive logo oportunidade de rimar em cima de vinis e instrumentais de Rap. E a partir daí nunca mais parei.
RM - Em 2001 fez parte do grupo Raptórica e lançou o seu primeiro álbum. Que diferenças vê no artista que era antes para o que é agora?
V - Raptórica nasce um pouco mais tarde e foi o meu primeiro grupo mais a sério que tive, com DJ, produtor e instrumentais próprios. Foram tempos mangníficos, mas, por motivos pessoais o projeto acabou em 2008, em pleno desenvolvimento do nosso segundo álbum... A partir daí, com o Rap tatuadissímo no meu interior fui construindo pouco a pouco uma carreira a solo, abraçando novos desafios e oportunidades. Enquanto artista isto permitiu-me evoluir, pois fui obrigado a ser mais autónomo nos meus temas, músicas e participações. No entanto penso que ainda existe uma linha condutora na mensagem e nos valores que transmito.
RM - No grupo Raptórica era conhecido como KO, atualmente acrescentou Veterano ao seu nome artístico. De onde surgiram estes nomes?
V - Sim, o nome KO nasceu em 1998 ainda antes de Raptórica. Este nome foi algo que surgiu naturalmente pois era um nome que se adaptava a qualquer país e língua, prática corrente naqueles tempos. O nome Veterano já só surge por volta de 2014, numa altura que estava prestes a lançar o meu primeiro álbum a solo. O objetivo era romper com tudo o que tinha feito até à data.
RM - Quais são as suas maiores influências musicais?
V - As minhas maiores influências prendem-se com a tal época de ouro do Rap da década de 90 e inicios de 2000. Algumas influências eram nacionais com rappers como Sam The Kid, Chullage, Xeg, Nigga Poison, Da Weasel, Boss AC e o meu falecido bro Beto di Ghetto. No panorama internacional ouvia muito Rap de frança, sobretudo IAM e NTM, depois dos Estados Unidos ouvia Wu-Tang, Blackstar, 2PAC, entre outros.
RM - “Escolhas” é o seu novo single. Conte-nos um pouco sobre a história por detrás desta música.
V - Conduzido pelos sentimentos da altura, esta música nasce num poema/rap solto que é a primeira parte da música. Só mais tarde é que surge o instrumental que “casou bem” com os versos que tinha escrito – prática que nem sempre é corrente na criação das minhas músicas. Gravei uma maquete com esses versos e convidei o General Katana para participar na segunda parte da música, com o repto e temática “Escolhas”. Após os versos dele, a terceira parte da música foi escrita em conjunto e o refrão acabámos por finalizá-lo todos em estúdio com o apoio de um amigo nosso que deu a melodia ao refrão.
RM - Como artista quais são os sonhos que ainda tem por realizar?
V - Enquanto artista sinto que estou num recomeço… pois estou a dar prioridade à música como nunca antes tive a oportunidade de o fazer, o que por si só já é o realizar de um sonho. Ao longo destes últimos anos acabei por acumular muita matéria-prima, ideias e projetos que vou finalmente poder materializar. Estou muito feliz por isso. Agora, é claro que tenho a esperança de sair do estúdio e pisar uns quantos bons palcos, este é o sonho de qualquer artista, tal como um atleta que treina e que vai a jogo. Para isso, estou a organizar a minha equipa para que possamos agarrar eventuais e futuras oportunidades, ao mesmo tempo que estamos a desenvolver uma associação cultural e social de modo a contribuir para a nossa comunidade. Veremos o que dá. Até lá vamos avançando, uma rima de cada vez J
V - Sim, a paixão pelo Hip Hop nasce através da ligação à Poesia e aos poemas que escrevia. Nos tempos de escola os meus cadernos estavam repletos de rimas, e num dos poemas que tinha escrito senti que tinha de ir mais além do papel e da caneta. Felizmente e através de um conhecimento tive logo oportunidade de rimar em cima de vinis e instrumentais de Rap. E a partir daí nunca mais parei.
RM - Em 2001 fez parte do grupo Raptórica e lançou o seu primeiro álbum. Que diferenças vê no artista que era antes para o que é agora?
V - Raptórica nasce um pouco mais tarde e foi o meu primeiro grupo mais a sério que tive, com DJ, produtor e instrumentais próprios. Foram tempos mangníficos, mas, por motivos pessoais o projeto acabou em 2008, em pleno desenvolvimento do nosso segundo álbum... A partir daí, com o Rap tatuadissímo no meu interior fui construindo pouco a pouco uma carreira a solo, abraçando novos desafios e oportunidades. Enquanto artista isto permitiu-me evoluir, pois fui obrigado a ser mais autónomo nos meus temas, músicas e participações. No entanto penso que ainda existe uma linha condutora na mensagem e nos valores que transmito.
RM - No grupo Raptórica era conhecido como KO, atualmente acrescentou Veterano ao seu nome artístico. De onde surgiram estes nomes?
V - Sim, o nome KO nasceu em 1998 ainda antes de Raptórica. Este nome foi algo que surgiu naturalmente pois era um nome que se adaptava a qualquer país e língua, prática corrente naqueles tempos. O nome Veterano já só surge por volta de 2014, numa altura que estava prestes a lançar o meu primeiro álbum a solo. O objetivo era romper com tudo o que tinha feito até à data.
RM - Quais são as suas maiores influências musicais?
V - As minhas maiores influências prendem-se com a tal época de ouro do Rap da década de 90 e inicios de 2000. Algumas influências eram nacionais com rappers como Sam The Kid, Chullage, Xeg, Nigga Poison, Da Weasel, Boss AC e o meu falecido bro Beto di Ghetto. No panorama internacional ouvia muito Rap de frança, sobretudo IAM e NTM, depois dos Estados Unidos ouvia Wu-Tang, Blackstar, 2PAC, entre outros.
RM - “Escolhas” é o seu novo single. Conte-nos um pouco sobre a história por detrás desta música.
V - Conduzido pelos sentimentos da altura, esta música nasce num poema/rap solto que é a primeira parte da música. Só mais tarde é que surge o instrumental que “casou bem” com os versos que tinha escrito – prática que nem sempre é corrente na criação das minhas músicas. Gravei uma maquete com esses versos e convidei o General Katana para participar na segunda parte da música, com o repto e temática “Escolhas”. Após os versos dele, a terceira parte da música foi escrita em conjunto e o refrão acabámos por finalizá-lo todos em estúdio com o apoio de um amigo nosso que deu a melodia ao refrão.
RM - Como artista quais são os sonhos que ainda tem por realizar?
V - Enquanto artista sinto que estou num recomeço… pois estou a dar prioridade à música como nunca antes tive a oportunidade de o fazer, o que por si só já é o realizar de um sonho. Ao longo destes últimos anos acabei por acumular muita matéria-prima, ideias e projetos que vou finalmente poder materializar. Estou muito feliz por isso. Agora, é claro que tenho a esperança de sair do estúdio e pisar uns quantos bons palcos, este é o sonho de qualquer artista, tal como um atleta que treina e que vai a jogo. Para isso, estou a organizar a minha equipa para que possamos agarrar eventuais e futuras oportunidades, ao mesmo tempo que estamos a desenvolver uma associação cultural e social de modo a contribuir para a nossa comunidade. Veremos o que dá. Até lá vamos avançando, uma rima de cada vez J