Entrevista a WeleloWelelo é cantor, MC e beatmaker. Nasceu no distinto ano de 1980 em Badalona (Barcelona) e desde 1998 que espalha talento, emoção e charme pelos palcos espanhóis. Desde então lançou singles, videoclips, EP’s e álbuns, fez colaborações e assumiu as funções de produtor, sendo amplamente reconhecido no mundo do hip hop, e elogiado pela postura e mensagem de que sempre se fez acompanhar.
Conheçam mais acerca de Welelo, em entrevista à Rhodes Magazine. |
Rhodes Magazine - Qual foi a sua primeira experiência com música no geral?
As minhas memórias com música estão misturadas com a música africana, cantores espanhóis e grupos pop. Mas só aos 16 anos é que começaria a tocar guitarra e a compôr. Um ano depois disso descobri o hip hop e comecei a escrever rimas e a fazer batidas... Depois comecei a gravar e a actuar ao vivo.
RM - Como descreveria a sua música em três palavras?
Honesta, preenchida e renovável.
RM - Quais são as suas maiores influências?
Michael Jackson, James Brown, A Tribe Called Quest, Notorious BIG, Common, Mos Def, Talib Kweli, Dj Premier, De La Soul, 2Pac, Eminem, Busta Rhymes, Kase O, 7 Notas 7 Colores, Sólo los Solo… wow… e muitos, muitos mais!
RM - Que disco, concerto ou artista mudaram a sua vida?
“Con esos ojitos” do grande grupo hip hop espanhol 7 Notas 7 Colores foi a canção que me atingiu em cheio e fez-me querer iniciar no rap. Então depois vi os Sólo Los Solo num concerto ao vivo e isso acabou por mexer imenso comigo. Kase O ainda me arrebata passados tantos anos. Todos eles são espanhóis.
RM - O que é que lhe dá mais prazer? A fase de composição/gravação ou andar em digressão?
Uma não existe sem a outra. O prazer é incompleto se apenas desfrutar de uma delas. Mas... o círculo completa-se quando actuas ao vivo. Aí é quando vejo que a canção faz realmente vibrar as outras pessoas, por vezes até mais do que eu vibro com elas. Isso é algo que não consigo ver quando o público está em casa a ouvir-me nos auscultadores.
RM - Conte-nos tudo sobre “Doing My Best”. Como é que surgiu essa canção?
O Paulo da Music For All acreditou na minha música e, bem, queria fazer algo diferente visto que o público ia estar mais receptivo a isso. E essa foi a desculpa perfeita para que me abrisse enquanto artista. Então decidi ser corajoso, cantar em inglês e fazer algo mais próximo do R&B e do pop, algo que sempre quis fazer mas que não me sentia confiante o suficiente.
RM - Imagine que uma canção sua era licenciada para um filme ou série de TV. Com que canção e filme/série de TV gostaria que isso acontecesse?
Tenho um carinho especial pela “Sabrás Decirlo”,uma vez que é a minha canção mais conhecida em Espanha e fala sobre mim. Mas é difícil pensar num filme ou série. Algo do género de “Get Down” do Netflix seria óptimo! (risos)
RM - O que poderemos esperar do seu próximo single?
Estou quase certo de que não repetirei a fórmula, mas posso ir para algo mais novo ou antigo do que o meu último single... talvez um regresso ao rap clássico, quem sabe?
RM - O que ainda pretende atingir com a sua música?
Para ser sincero ainda quero dedicar alguns anos da minha vida a tempo inteiro a isto. Sim, sei que é difícil, mas ainda quero fazer a minha música. Gostaria de escrever e compor para outros, fazer novamente batidas. Continua a criar, sobretudo.