Devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, a edição deste ano do Rock In Rio já não vai acontecer na Bela Vista e foi adiada para 2021.
No entanto, na altura em que a edição deste ano estaria a começar, a promotora anuncia uma espécie de festival em formato televisivo. “Se a Vida Começasse Agora” vai decorrer durante três horas e recordar concertos emblemáticos das edições anteriores do festival e transmitir com concertos live em estúdio por parte de HMB, João Pedro Pais, DAMA, Agir e Bárbara Tinoco.
A emissão será transmitida em direto na SIC Radical no próximo dia 27 de Junho, com emissão em streaming através do site oficial do Rock in Rio e nas redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube) quer do festival quer da SIC. O streaming online arranca às 17h, com a emissão televisiva no ar a partir das 18h30.
A organização promete, em comunicado enviado à imprensa, um programa que irá revisitar “16 anos de história, episódios peculiares, cenas de bastidores, havendo também espaço para olhar para o futuro – sobretudo para 2021 — numa emissão conduzida por João Paulo Sousa, Rita Camarneiro, Conguito, Mariana Alvim e Ana Ventura, aos quais se juntarão convidados especiais que, ao longo dos anos, deixaram marca na história do Rock in Rio”. Entre os convidados estão nomes como Anitta, Ivete Sangalo, Roberto Medina, Tim, o Maestro Rui Massena, Nilton e Joana Gama. O formato conta com o apoio da Vodafone e 7UP e incluirá ainda intervenções da RFM, Rádio Renascença e MegaHits ao longo das três horas. O alinhamento do programa reservará também “espaço para aquecer os ânimos para 2021 com conteúdos especiais dedicados à edição do próximo ano, assim como quizzes e jogos nos quais os espectadores vão poder participar em direto, com atribuição de vários prémios ao longo do programa”.
A iniciativa quer dar aos fãs do festival a experiência do mesmo, mas através do ecrã.
Caso não tivesse sido adiado pela pandemia, a edição deste ano do festival Rock in Rio teria dado início no dia 20 de Junho com nomes como David Carreira, Ivete Sangalo, Black Eyed Peas e Camilla Cabello a subir ao palco principal.

O serviço de streaming de música Spotify vai deixar disponível mais uma funcionalidade que já tinha sido muito pedida pelos utilizadores.
Depois de ter removido o limite de 10 mil músicas na biblioteca, agora há mais uma novidade para concorrer com o YouTube Music.
Apesar de ainda não ter sido anunciada publicamente, a novidade foi descoberta pela especialista em engenharia inversa, Jane Manchun Wong. Segundo a mesma, o Spotify está a trabalhar em algo chamado mix offline, uma espécie de playlist offline.
A funcionalidade é semelhante à que já tinha sido disponibilizada pelo Youtube Music e, basicamente, descarrega automaticamente uma lista de músicas ao seu gosto que fica disponível sem estar ligado à Internet.
Esta ferramenta é, sem dúvida, algo muito útil, quando nos esquecemos de descarregar música. O limite do YouTube Music para esta funcionalidade é de 100 músicas, mas no caso do Spotify ainda não se conhecem os limites. Ao nível da data de lançamento também ainda não há confirmação.

A comemoração deveria ter sido na última quinzena de abril, mas o novo coronavírus fez com que o Centro Cultural de Belém (CCB) tivesse de adiar o Festival Dias da Música – entretanto remarcado para 2, 3, 4 e 5 de setembro. Agora, com o recomeço das agendas culturais e a reaberturas das salas de espetáculo, a celebração vai mesmo acontecer, mas no Campo Pequeno. A notícia foi divulgada pela promotora Everything Is New. Este domingo, dia 21 de junho, às 20h, a Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob direcção do maestro Osvaldo Ferreira, leva a palco duas das mais emblemáticas obras de Beethoven: a Sinfonia n.º 5 e o Concerto n.º 5, o último dos concertos para piano e orquestra que Ludwig van Beethoven assinou. Ao piano estará João Bettencourt da Câmara.
Fundada em maio de 2016 por Osvaldo Ferreira e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica Portuguesa produz concertos sinfónicos, ópera e promove ligações a outros géneros artísticos, numa procura constante do desenvolvimento de eventos e espetáculos diferenciadores e únicos, construindo, desta forma, a reputação de ser uma orquestra ímpar no panorama musical português, pela sua versatilidade, ecletismo e visão de futuro.
De acordo com as novas regras de saúde, a lotação do espetáculo será diminuída e é obrigatório o uso de máscara. Os bilhetes custam entre os 10€ e os 12,50€ e podem ser adquiridos online no site da promotora e na Blueticket ou presencialmente no Campo Pequeno, FNAC, El Corte Inglés, Worten, CTT e Agência ABEP.

Não é a primeira vez que o projeto “Rua das Pretas” se apresenta no Coliseu dos Recreios, mas desta vez tem um gosto especial. No dia de Santo António, 13 de junho, o Coliseu de Lisboa voltou a abrir portas com uma celebração da lusofonia para apresentar o espetáculo onde os atores comem e bebem como se estivessem entre amigos.
O projeto é realizado pelo músico brasileiro Pierre Aderne que o criou há quatro anos.
O nome vem da rua onde Pierre Aderne se instalou em Lisboa, quando se mudou do Rio de Janeiro para a capital portuguesa.
O conceito nasceu mesmo na casa de Pierre, onde deu início a tertúlias musicais, com amigos, em torno de canções e conversas, com comida e vinhos.
Pela casa da Rua das Pretas passaram já Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carminho ou Camané, e muitos outros, famosos ou anónimos, em animados encontros das mais diversas geografias musicais – morna, funaná, samba, bossa nova ou fado.
Na sala lisboeta, todos os espectadores foram recebidos à porta pelos organizadores, e encaminhados para lugares marcados no palco do coliseu (de acordo com as regras da DGS). Cada pessoa recebeu à entrada um copo de vinho com o seu nome, para poder beber os vinhos selecionados pelos “wine roommates” da Rua das Pretas. O projeto tem como base a proximidade com o público sendo que também sobe ao palco num ambiente descontraído.

Foi no dia 11 de junho de 1980 que Bob Marley lançou aquele que viria a ser o seu último álbum – “Uprising”. Este foi o 12.º albúm de estúdio da banda jamaicana de reggae Bob Marley & The Wailers.
Lançado há 40 anos, “Uprising” é o último registo da carreira do maior expoente do reggae e o principal representante por difundir o estilo, não só pela Jamaica, mas pelos quatro cantos do mundo.
Este álbum é um dos mais religiosos, com quase todas as músicas a
abordar a crença Rastafari e tem músicas muito populares como “Could You Be Loved" e "Redemption Song".
Bob Marley usava o reggae como um caminho para, muitas vezes, aproximar-se de outros géneros como o rock, jazz e funk.
Em maio de 1981 aos 36 anos, a estrela do reggae faleceu devido a um cancro deixando um legado intemporal de 12 discos de estúdio e um dos melhores ao vivo da música com uma mensagem de paz que jamais será esquecida.

Para quem é grande fã dos The Beatles de certeza que o dia 8 de maio de 1970 lhe diz alguma coisa e é, até, uma data especial. Foi neste dia que foi lançado o álbum “Let it Be”, que começou como um projeto de regresso às origens e acabou por ser o último projeto da banda britânica de Liverpool.
Intitulado originalmente de “Get Back”, o álbum acabou por ser um grande sucesso batendo recordes de pré-venda. No entanto, este foi o álbum mais diviso de sempre da banda, entre fãs, críticos e até entre os elementos Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Star.
O ambiente entre os membros da banda já não era o melhor há algum tempo, por isso, na altura da data de lançamento, as especulações sobre a separação da banda ganhavam força e os fãs tinham quase a certeza que seria o último álbum da banda.
Apesar das objeções de Paul McCartney, Let It Be foi lançado a 8 de maio de 1970. O filme, com o mesmo nome, sairia dias mais tarde, a 13 de maio. No entanto, nenhum dos membros da banda apareceu nas datas de estreia para a promoção do filme isto porque a banda havia terminado, mas o anúncio só seria formalizado em dezembro de 1974, após vários problemas legais.
Apesar da receção ambígua, o filme Let It Be arrecadou um Grammy e um Óscar na categoria de Melhor Banda Sonora. 50 anos depois, e vendo em retrospetiva, Let It Be é visto de forma mais positiva pela crítica contemporânea, tendo ocupado o 86º lugar na lista dos 500 melhores álbuns de sempre para a Rolling Stone.
Let It Be é um dos álbuns mais marcantes da mítica banda britânico porque simboliza mesmo o período de deterioração das relações entre os membros e marca o ponto final na história da banda mais influente da história da música.

No dia 1 de junho, segunda-feira, e depois de 78 dias de portas fechadas, a Casa da Música no Porto retomou a atividade com todas as restrições dadas pela Direção Geral de Saúde.
A ânsia de voltar a assistir a um concerto e a curiosidade de conhecer a Casa da Música levaram mais de 170 espetadores a estarem presentes na reabertura do espaço cultural no Porto.
Usando máscara, desinfetando as mãos e mantendo o distanciamento social, os mais de 170 espetadores assistiram ao concerto da Orquestra Barroc – em versão reduzida e sem maestro – a, que interpretou peças de William Corbett, Wilhelmine von Bayreuth, Henry Purcell, Antonio Vivaldi, John Blow e Pedro Jorge Avondano.
Espalhados por diversos locais da Casa da Música estão postos de desinfetante, bem como setas, que indicam o distanciamento que as pessoas devem manter entre si.
Na Sala Suggia – onde antes a capacidade era de 1200 pessoas e agora é de 176 –, os espetadores permaneciam afastados com intervalo de duas cadeiras e entre as filas, bem como no palco, onde a distância entre os 15 músicos era notória.
Para este mês de junho estão agendados 16 concertos, todos de entrada livre (mediante reserva no site da Casa da Música na véspera do espetáculo) e às terças, sábados e domingos.

Algumas das mais conhecidas editoras e figuras da indústria musica lanunciaram, nas redes sociais, que vão fazer um blackout em solidariedade para com a comunidade negra nos Estados Unidos, no contexto da morte de George Floyd.
A Warner, a Universal, a Dirty Hit, a Modest Managment e outraslabels traçaram um plano cujo mote é "desligar-se do trabalho e reconectar-se com a comunidade" durante um dia. Numa mensagem partilhada por estas empresas pode ler-se que esta"é uma ação necessária de forma a promover responsabilidade e mudança", terminando com a hashtag "o espetáculo tem de ser interrompido". Afirmam ainda que "como guardiões da cultura, é da nossa responsabilidade juntarmo-nos não só para celebrar as nossas vitórias mas também para nos apoiarmos nas derrotas"

A distribuidora Caroline publicou, também no Instagram, uma mensagem em que se pode ler que “os nossos amigos negros nãoestão OK, as nossas famílias negras não estão OK, e nós não estamos, nem podemos estar, OK”.
Já o grupo Universal optou por uma frase deMartin Luther King: “Chegou o tempo em que o silêncio é traição.”São já muitas as vozes do mundo da música a pedir justiça para George Floyd, uma das mais recentes vítimas de violência policial nosEstados Unidos, como Beyoncé, Lady Gaga, Dr. Dre, Harry Styles ou Rihanna. Já Taylor Swift criticou o tom provocante das intervenções do presidente Trump e Bon Iver doou 30 mil dólares para o fundo domemorial de George Floyd.
No entanto, a mensagem mais emocional talvez tenha sido a do rapper e ativista Killer Mike que, à beira das lágrimas, se dirigiu aos residentes da sua cidade-natal, Atlanta, exortando-os à calma e a renunciarem aos confrontos, mas também a não perderem de vista as causas estruturantes que permitem o racismo sistémico nos Estados Unidos. A iniciativa em forma de protesto está marcada para a próxima terça-feira, dia 2 de junho e irá abranger várias empresas do mundo da música.